quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quem vai ficar com MARY?!

Olá!!!

Ontem eu publiquei um pedido de doação de sangue para minha tia, na verdade ela é prima-irmã de minha mãe e madrinha da Vivi, minha irmã. Mas é como se fosse a minha tia mais querida. Por isso, hoje, resolvi apresentar a Maria aos meus amigos/leitores, e porque ela é uma pessoa que vale a pena ser conhecida, além do mais, eu estou particularmente feliz, uma vez que seu quadro clínico melhorou...

Quando eu era criança, sempre achei a madrinha da minha irmã muito chique, ela me parecia muito alta, sempre elegante e de batom vermelho. Eu a achava linda, mas o nome dela muito feio: "Maria de Lourdes", esse nome não combinava com ela, definitivamente. Ficava me perguntando o porque das nossas avós  sempre colocarem nomes de santas em nossas mães, a minha é Sandra Terezinha, óbvio que ela odeia o Terezinha.
Depois de anos de convivência estreita, não sei o que aconteceu, mas a "farra" acabou e nossas famílias se distanciaram por um bom tempo. O marido dela, que era um gatão, faleceu, meus pais se separaram, minha mãe casou de novo e, mesmo assim, nossas famílias permaneceram afastadas.
Um dia, minha mãe ficou sabendo que sua afilhada, filha da Maria, estava grávida e, finalmente, minha mãe e a Maria se reaproximaram.

A reaproximação aconteceu quando eu era pré-"adulta"!
Eu percebi, então, que a Maria não era tão alta, mas continuava elegante e usava aquele batom vermelho. Não parecia mais aquela mulher linda, chique e distante que eu tinha em mente, ela era muito melhor, sorridente, alto-astral, brincalhona, liberal e muito verdadeira. Gostei mais dela ainda!!! Meu PAIdrasto e ela se tornaram muito amigos, eles se gostavam demais, e isso fez com que eu gostasse dela ainda mais.
Eu passei a não ser apenas mais uma pra ela, percebi que a admiração era recíproca. Tomei a liberdade de chamá-la de Mary e ela me apelidou de Dandan. E assim voltamos a conviver muito. Passamos pelas perdas do meu avô e do meu PAIdrasto e ela sempre me deu muita força, conseguindo todas as vezes melhorar o meu astral.
A Mary faz graça de tudo, quando entrou na menopausa, o nariz dela começou a ficar vermelho e esquentava, ela fazia o maior fiasco: "Daniela, Daniela!! Olha aqui, olha aqui!!! Mas não é possivel!" E dava risada. Como ela incomodava com aquele nariz. Agora já perdeu a graça. A Mary é uma lutadora, conviveu com bom humor durante os altos e baixos que a vida lhe propôs. Sempre teve os filhos e netos ao seu redor, mas nunca abriu mão da sua vida. Ela faz aula de dança, é secretária de um médico e tem marcada uma viagem de navio. Sai todas as sextas-feiras com os amigos e me xinga se me vê mal por causa de namorado. Ah!!! Esse departamento ela adora, aliás!!! Ela sempre dá seu pitaco. Sempre dá um jeito de fazer um gesto deixando claro o que achou. Se não dá certo, ela é a primeira a me mandar aproveitar a vida. A Mary é uma "parada"!!! Ela não deve ser preferência nacional, ninguém é, mas está com certeza entre as TOP+10 de muita gente... O Fábio, meu namorado, ela ainda não conhece, e isso ela não vai perder, tenho certeza. Até porque, acredito que depois dele eu não vá ter outro, tenho fé que achei a "tampa da minha panela" e a Mary nunca perderia um babado forte como esse!!! 

Na quinta-feira da semana passada, eu fiquei sabendo da doença dela. Liguei para a minha Fefê, sobrinha e afilhada (tem 11 anos) e ela comentou, achando que eu já sabia, fiquei desesperada e liguei pra minha mãe, que estava indo pro hospital. Minha mãe me colocou no telefone com ela, a Mary estava tão bem que me consolou, me disse que ia ficar boa, que era pra eu deixar de ser boba. Talvez seja por isso que eu acredite tanto, apesar de tudo, que ela vai mesmo melhorar. Tem alguma coisa dentro de mim, inacreditável, que não está com medo de ser feliz, acredita e tem certeza que eu ainda vou falar com a Mary, e fora daquele hospital.
Agora eu lhes devolvo a pergunta: QUEM VAI FICAR COM MARY? Nós que a amamos ou essa doença maldita?! É óbvio que nosso amor, pensamento positivo e nossas orações são mais fortes. Eu ACREDITO!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

UM PEDIDO DE AJUDA!!!

Minha tia está na CTI do hospital Mãe de Deus, com leucemia.
Ela necessita de 40 doadores de sangue.Solicito tua ajuda como doador e/ou encaminhando esta mensagem a teu circulo de amigos.
Local: Hospital Mãe de Deus, Av. José de Alencar 286, 3º andar
Horário: entre 8h e 18h30 de segunda à sexta e
entre 8h e 12h nos sábados.
Favor informar dados da paciente -> MARIA DE LOURDES ALMEIDA MARQUES

OBRIGADÃO!


                                   DANI

Em resposta a PROVOCAÇÃO da Angela...

Angela!!!

Eu TE amo do fundo do meu coração, agradeço teres lido o blog só porque gostas de mim e tens consideração... Eu só acho que TU não entendeste o MEU propósito com este blog. (EU) Tenho a intenção de ser sincera, realista e ajudar um pouco as OUTRAS pessoas (sim), a ME entenderem... EU vou dar explicações às OUTRAS pessoas sim, porque EU quero que ELAS me entendam e porque muitas, EU amo. EU preciso fazer isso, também, porque os OUTROS  estão sempre me dizendo o que EU devo fazer, como EU devo agir e isso está ME incomodando...
O MEU blog serve a MIM. Quero informar os OUTROS, falando de MIM.

Um beijo!!!!
TE amo!!!!

P.S. Desculpa se TU achaste ruim, mas EU só publico os textos que EU gosto!!!

Sobre "desejar" estar com a PERNA QUEBRADA

Bom dia!!!


É claro que não sou louca (será?)!!! Tá, tá, tá bom!!! Há controvérsias?!
O motivo deste post é contar um pouco sobre como eu me sinto conversando com as pessoas sobre: transtorno bipolar, depressão, ansiedade, euforia, etc, ou quando estou em licença saúde.
As pessoas olham pra mim e dizem "é? licença saúde, por quê?", isso quando estão me olhando, porque quando estou deprê total, não dou muita chance de colocarem os olhos em mim, e também não quero ver ninguém, telefone é motivo de pânico. Mas o fato é, ou minto e me livro, ou falo a verdade e tenho que dar tooooooooooda a explicação do que acontece, vem acontecendo, pode acontecer, enfim, um saco!!!! As pessoas não perdoam, te enchem de perguntas e até dizem o que fazer, duvidam de ti... Um inferno!!! Outra opção é omitir o fato, e carregar uma baita e desnecessária culpa... por se sentir traindo pessoas importantes.
Um dia eu saí do consultório do Enio me arrastando e ele dizendo "tu tens que ser mais forte, te esforça! vamos lá, estamos juntos nessa! tu tens que lutar contra isso!!!" Ele tem toda a razão sempre, mas naquele dia ele não tinha... Levei a receita de um novo remédio comigo, parei na primeira farmácia e descobri que não tinha, saí chorando, fui em outra e descobri que 14 comprimidos custavam R$135,00 e que o raio do remédio era difícil de conseguir. A moça da farmácia me deu o endereço de outra, garantindo que lá eu encontraria, e era alarme falso.
Fui pra casa, acabada, arrasada, cansada uma pilha de nervos... Minha mãe se lamentou o que podia nos meus ouvidos, minha irmã estava doente e minha sobrinha tinha entrega de avaliações na escola. "Dinda!!! Minha mãe tá com febre!!! Busca minha avaliação?!" Eu que não queria ver e nem falar com mais ninguém... Aff!! Mas EU NÃO TINHA FEBRE, o que eu iria explicar para a Fefê? Fui com ela na escola, né?! Ainda tinha que comprar o raio do remédio.
Liguei pra tele-entrega da farmácia, a moça me deu um outro endereço, eu fui. Chegando lá, o moço disse que estava em falta, porém, vendo a minha cara de desespero, e sabendo tratar-se de um remédio pra cabeça (que medo heim?!), me encaminhou a outra farmácia, onde finalmente comprei o raio do remédio.
Fui para a casa do meu namorado e lá eu desabei, chorei, chorei muito. Só depois de chorar, eu consegui explicar o que tinha acontecido. "Eu fui forte, eu me esforcei, eu fiz tudo o que todo mundo queria. O que o Enio queria, o que a minha mãe queria, o que minha sobrinha esperava, o que as pessoas esperam, mas eu esqueci de mim, eu não me respeitei, fiquei só preocupada com o que iam pensar ou dizer, olha eu aqui!!! Eu me esgotei. Claro!!! EU NÃO TINHA FEBRE!!! Eu não estou com a PERNA QUEBRADA!!!"
Pois é!! A dor é tão forte, a tristeza tão grande, que dá até vontade de estar com a PERNA QUEBRADA, ela fica ali, exposta, todo mundo vê, respeita e o máximo que tu ouves é "como aconteceu isso? ou, quando vais tirar o gesso?"
É, gente!!! Infelizmente quem tem uma doença como a minha, não tem aparelho para medir, furo no dedo pra fazer... Nenhum teste para comprovar!!! É um saco, um tormento, uma tortura!!! Tem gente que não entende, gente que não acredita, gente que se mete a médico, enfim, tem de tudo...
Ontem a noite eu ainda disse para o meu namorado "viu só? Se eu tivesse QUEBRADO A PERNA, ninguém iria me olhar com cara de dúvida! Era só olhar pra perna, e se eu não quisesse falar com ninguém, era só estar com dor... Simples assim!!!
Ele, que é um querido, olhou pra mim e disse "Eu também pensava coisas assim... mas eu sinto que isso está mudando e vai mudar mais entre as pessoas!" Aí eu perguntei: por quê?! E ele respondeu "por que tá surgindo uma nova blogger por aí..." Aí caímos na risada!!!
Bem que eu gostaria que fosse assim...

Bjos!!!

 "Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo."
Vinícius de Moraes



terça-feira, 28 de junho de 2011

Sobre Perfeição... O que é PERFEIÇÃO?


Olá pessoal!!!

Hoje eu estava pensando sobre o tempo que eu levei para aceitar essa pergunta. Pra mim sempre foi lógico que ser perfeita é fazer tudo certo sempre, tudo, tudo, tudinho!!!!
Meu querido Enio me olhava e dizia "Daniela!!! Quando é que tu vais entender que as coisas não funcionam assim, quando é que tu vais parar com essa coisa de achar que se não estás conseguindo ser 10, estás sendo zero?" O Enio repetiu isso anos a fio nos meus ouvidos, sem que eu pudesse entender o que ele estava dizendo. Eu sempre fui uma pessoa bastante elogiada, principalmente pelas mães das minhas amigas, e quando isso acontecia, eu me sentia uma impostora. Como é que eu posso ser essas coisas boas, se não me sinto assim? Carregava dois pesos: buscar ser como diziam que eu era e estar enganando um monte de gente.  
Diziam que eu era estudiosa, eu era, eu sou, mas não estudo o máximo que eu poderia; sou excelente professora e supervisora, porém,"piso no tomate", como qualquer um, poderia fazer mais pelos meus alunos, não faço tudo o que poderia, e tiro muita licença saúde em função dos meus altos e baixos; sou uma filha exemplar, mas tenho dificuldade de entender e perdoar os erros e defeitos dos meus pais; tenho muitas amigas (sei, sem modéstia, que sou muito amada), mas não consigo dar o mínimo de atenção para nenhuma delas... enfim, passei 99% da minha vida achando que estava enganando os outros.
Um dia caiu a minha ficha e eu entendi o que o meu amado terapeuta queria dizer: Ser perfeito não é fazer tudo certo sempre. Ser perfeito é fazer o máximo que se consegue na vida, em tudo. Faz parte da perfeição admitir que somos seres incompletos e imperfeitos, que temos defeitos, dúvidas, fraquezas, doenças, e até mesmo, vontades.
Hoje eu continuo tentando dar o meu máximo, o que mudou é que agora eu me respeito mais, dou voz ao meu corpo, à minha vontade e até às minhas fraquezas, que não são poucas...

Depois que eu compreendi o que o Enio queria dizer, pude acreditar mais em mim e sofrer menos, embora, algumas vezes, ainda prefira quebrar uma perna do que ter depressão. Pelo menos ninguém encheria o meu saco questionando o que eu tenho... Mas isso é para outro tópico!!!




Da Perfeição da Vida
Por que prender a vida em conceitos e normas?
O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer...
Tudo, afinal, são formas
E não degraus do Ser!
Mário Quintana

segunda-feira, 27 de junho de 2011

DESABAFO...



Eu...
Quem sou eu? Ou o que eu sou?
Queria muito saber...
Até onde eu já fui? O que ainda posso fazer?
Por que eu fico assim?
Eu simplesmente não sei...
Só sei que dói...
Dói não saber o que fazer, pra onde ir...
Dói não saber de onde tudo isso vem...
Por que comigo? Por que assim?
Tenho medo ...
De me tornar insuportável, de afastar todos de mim,
De acabar com tudo o que eu consegui construir...
Apesar desse pesadelo tomar conta de mim
Medo de perder tudo, todos...
Por vezes só tenho vontade de dormir,
O meu corpo não suporta mais isso,
O meu corpo dói... cansa...
Eu preciso de ajuda, mas qual?
Tenho tentado me ajudar, quero ser mais do que isso...
A força tá acabando...
Quero saber onde tem mais...

Algumas vezes a dor se torna poesia!!!

Uma homenagem? Um desabafo? Aos meus amigos... Por Daniela Schaefer· terça, 25 de janeiro de 2011

Muitas pessoas dizem que é preciso ser profissional... Eu concordo com elas, porém discordo, bruscamente :), das que consideram falta de profissionalismo a emoção. Tenho pensado bastante em questões que estão relacionadas ao meu trabalho... Meu trabalho é com seres humanos. Como falar, pensar, trabalhar (que seja) sem se emocionar?
Aí eu me deparo com um filme, com muitos brasileiros envolvidos, sendo indicado ao Oscar... Não que eu ache o Oscar grande coisa, mas "gente grande" acha. Gente que não dá bola para o lixo... O filme fala do lixo!!!
 Aí eu vejo um pedaço do programa que trata da vida de Chico Xavier na TV, e fico lembrados dos "meus mortos", ainda muito VIVOS pra mim. (Os mortos que eu considero vivos são aqueles que, de alguma forma, vivem em mim, na pessoa que eu sou, naquela que eu me tornei com o passar dos anos, com o viver a vida.)
Bem, voltando ao assunto... Onde eu quero chegar? Na pessoa, que em vida,dava muito valor a tudo isso... e ERA "GENTE GRANDE".
Pensar em trabalho, em lixo, em emoção, em pessoas e, infelizmente, em "meus mortos" fez com que eu me lembrasse de alguém que trabalhava com gente, algumas delas que viviam do lixo, sempre será "gente grande", trazia a emoção para o trabalho e transmitia isso... Graças a ele, em aula, desabafei, chorei, sorri, perguntei e nunca me senti menos por isso. Devo isso ao meu mestre Nilton Bueno Fischer!!!!
Que descanse em paz!!!
Era isso o que eu tinha que dizer agora!!!

Inquietações de Daniela... SOBRE A EDUCAÇÃO!!! por Daniela Schaefer, quarta, 26 de janeiro de 2011 às 03:24

Oi amigos!!!

Resolvi incomodá-los com meus pensamentos. Para quem conhece o livro: Nicolau tinha uma idéia (acho que é esse o título, tanto faz)... E para quem não conhece... Quero ampliar as minhas idéias com quem se interessar pelo assunto...QUEM DISCORDAR!!!!! Só não vale xingar!! :)
Eu fui dormir e minha cabeça começou a fervilhar. Isso acontece várias vezes, mas eu durmo, penso um pouco ou nada sobre o assunto no dia seguinte e a vida segue... O fato é que agora estou de férias... Não tive autopiedade, levantei e resolvi deixar de ser tão egoísta (ou tive uma crise de egoísmo, fazendo com que alguns fiquem curiosos leiam o que eu escrevi).

Eu sou uma educadora e GOSTO de ser... Deitei pensando que este país é uma porcaria e que não investe em Educação, lembrei que ainda ontem recebi um email falando do salário dos profes, etc,etc,etc. Eu sinceramente, não sei quanto o Brasil investe em Educação, sou bem ignorante quando se tratam de números e estatísticas...
Mas o fato é que ATÉ que eu vejo investimentos na ÁREA de EDUCAÇÃO, mas HOJE vou me dar o direito de dizer que o Brasil investe errado, na minha visão de educadora, investe sim.
Vamos pensar juntos. Quantos projetos, quantas avaliações, quantos planos, quantos professores, quantas escolas, quantas universidades, quantos cursinhos e sei lá mais o que... todos trabalhando, tratando, estudando, se embebedando de EDUCAÇÃO, ou pelo menos existindo em nome da EDUCAÇÃO. É pouco, muitos diriam... Acho que deve ser bem menos do que merecemos... Mas o pouco poderia ser melhor. E CHEGA!!!! CHEGA, que a culpa não é unilateral! Não é culpa dos professores, na sala de aula, alfabetizando... Não é!!! Ah não é!!!
Alguns devem estar pensando: A Dani enlouqueceu!!!! Quer tirar a culpa de si!!!
Não QUERO!!!! Quero que pensemos na REAL bobagem que temos aceitado, dia a dia neste país!!! O que nós, professoras e senso comum', é MUITO facilmente SIM culpar ou ASSUMIR a culpa!!!
Já ouviram falar em PNDE, PDE, Provinha BRASIL, Prova Brasil, IDEB, SISU, PROUNI, ENEM, ENADE, ENCCEJA, REUNI, PNE, PAR, PIBID, Prolind, Uniafro, PROEJA... pois é, são apenas algumas das siglas de alguns programas, projetos ou sistemas de avaliação financiados pelo MEC.
Eu não sei falar a fundo sobre cada um deles, mas TODOS os que conheço tem um ou, pelo menos dois, "problemas" em comum - AVALIAÇÃO e PLANEJAMENTO. Eu aprendi na faculdade e no dia a dia, que não se avalia simplesmente para constatar e que não se faz um planejamento sem conhecer a turma com a qual iremos trabalhar. Eu aprendi na faculdade e constatei na vida que cada aluno dentro daquela turma será um, que antes de propor eu preciso saber o que já foi proporcionado, do que foi proporcionado eu preciso saber o que foi realmente aproveitado (isso pra ser bem simplória). E eu faço isso, juro que faço, não sou perfeita e nem caxias, mas dou o meu melhor e corro atrás. E, pasmem!!! Vejo a maior parte das minhas colegas fazendo também... Se não fizermos, fica IMPOSSÍVEL trabalhar em uma sala com 30 seres humanos diferentes. Damos o nosso melhor, corremos atrás e somos sempre as culpadas.
Pera lá!!!! Chega disso!!! Não é só o nosso salário que precisa de dignidade, nós precisamos!!!
Chega de nos dizerem uma coisa e fazerem outra!!!
Vou contar pra vocês onde os GRANDES SENHORES DAS IDÉIAS e das VERBAS estão errando. Eu sim, uma professora de Ensino Fundamental, autoconfiante e crítica!!!
Estão propondo PLANOS e ESTRATÉGIAS sem conhecer a quem. Na faculdade aprendemos que não devemos usar as cartilhas, porque são elitizadas, trazem um conhecimento distante dos alunos, etc (aderi, porque eu concordo), mas o MEC continua pedindo que façamos a escolha da cartilha (que será usada por 3 anos - 3 anos nos dias de hoje...); na faculdade chegamos a conclusão (óbvia, eu me arriscaria) de que o planejamento deve ser feito a partir de uma avaliação da turma, mas o MEC propõe que respeitemos UM único planejamento, feito para um país tão múltiplo e de extensões territoriais tão vastas quanto é o nosso; os alunos são avaliados por uma uma única prova, comum a todos e, pior do que isso, a prova serve para classificá-los e não para qualificar o ensino que estão recebendo... ninguém NUNCA ouviu os professores, os alunos ou suas famílias (e aquele papo todo de comunidade escolar). Só o que ouvimos a respeito de nossas propostas é: O MEC, mas o MEC. Ora!!!! O MEC ainda não sabe Planejar e nem Avaliar!!!! Alguém do MEC algum dia se interessou a respeito daquilo que os alunos SABEM? Alguém perguntou o que os professores acham? Não!!! O negócio é garantir vaga para TODOS (e as condições? - Ah!!! É a Lei)...

Olha!!!! Eu teria muito mais a dizer, mas o sono tá batendo e eu não tinha mesmo a intenção de fazer um texto completo (o que será um texto completo?)...
Inquietações de Daniela...

Beijokas e desculpem se eu sou assim, inquieta e bocuda!!!

Obrigada!!!!

Se tá lendo está parte, provavelmente leu!!!!

Sobre inclusão... por Daniela Schaefer, quarta, 26 de janeiro de 2011 às 19:44

Eu estava vendo a televisão agora e apareceram os atletas paraolímpicos... Eu não entendo por que no esporte as coisas podem ser totalmente adaptadas e todos aplaudem, ninguém fala de exclusão. Fiquei boba ao ver o campeão dos ...metros (sei lá quantos) não tinha as mãos e corria com os deficientes (ele corria com os pés), e todo mundo é capaz de entender que existem paraolimpíadas. Por quê? Talvez exista alguma variável que eu ignore...
O atleta do salto em distância era deficiente visual,sabe como ele pulava? Uma pessoa batia palmas pelo percurso e, pelo som das palmas, ele percebia o trajeto. Ele foi estimulado a usar outros sentidos, com certeza por alguém com com preparo, que estudou como fazer isso, ele teve um espaço.
Outro atleta, também def. visual corria de mãos dadas com uma pessoa que enxergava... e por aí ia...
Por que as crianças e os professores de salas de aula tem que se virar? 
Ah! A educação é, LEGALMENTE, para todos, mas o esporte não né? Deve ser isso. É uma vergonha!!!!
Será que eu tô ficando louca????

Sobre ser GORDA OU MAGRA!!! por Daniela Schaefer, sábado, 30 de abril de 2011 às 06:49

Hoje fui almoçar com uma amiga que eu não via há muito tempo, mas que com certeza está no lugar das amigas do peito, das AMIGAS de verdade...
Conversamos sempre por face, telefone, email, etc. Ela vive me dizendo que está gorda, e o quanto isso a incomoda. Da minha parte, quando a vi nem achei tudo isso, mas... O fato é que já estive gordinha e sei o quanto isso me incomodava...
Me chamou a atenção uma frase que ela disse "Eu tenho 2 problemas: a gordura e a depressão. Só não sei se tô gorda por causa da depressão, ou se tô deprimida por causa da gordura!"
Na hora eu não disse nada, até porque haviam mais duas pessoas na mesa, com as quais eu não tenho intimidade. Mais tarde, quando estávamos só nós duas, eu lhe disse o que penso... Achei importante publicar isso aqui, mas antes, vou contar uma pequena parte da minha história...
Eu fui uma adolescente gordinha, lutei contra a balança por uns 15 anos. Cheguei a pesar 72kg, no alto dos meus 1,66m de altura. Eu comia muito e por qualquer motivo. Se triste, precisava comer para ficar feliz; se feliz, eu merecia um presente para ficar ainda mais alegre; se estudava, precisava visitar a geladeira pra me distrair; se furava uma dieta comendo um bombom, comia o resto da caixa - a dieta já tinha ido pro espaço mesmo; se comia um doce, que tal um salgado pra cortar o doce?; se comia um salgado, que tal um docinho?...
E assim a vida seguia, eu ia da calça 40 até a 44 na maior facilidade, sim, porque usando uma 44 estourando eu me negava a comprar uma 46 e abusava das calças de cotton...
Fiz milhares de dietas a do abacaxi, a da gelatina, a da lua, passei dias comendo só arroz, só banana, só moranga, salada e carne, ovos. Caminhei quilômetros, fiz muita hidro, musculação, fui a endócrinos, nutrólogos, nutricionistas, Vigilantes do Peso, enfim, tomei até remédio "natural", gastei horrores com a Herbalife e outros shakes...
Emagreci muitas vezes, mas aí eu via que o sacrifício era tão grande e o retorno não parecia ser TÃO maravilhoso quanto eu esperava. Era ótimo comprar roupas de magra, mas me dava um vazio, alguma coisa continuava errada. Eu não tinha me transformado na mulher perfeita. Mas COMO? Como é que agora que eu estava magra eu não era preferência nacional? Eu ainda tinha problemas. Como?
Como é que eu preenchia o meu vazio? Comendo tuuuuudo de novo... Era um ciclo vicioso. Eu era uma sanfona.

Hoje encontrei 2 amigas antigas em um bar e ouvi o que tenho ouvido muito: "Como tu emagreceu, Dani!!!" Eu fico com vergonha!!! Sabe por quê? Dessa vez eu nem sofri!!! Vai entender!!!
Eu que fiz tanta doideira pra emagrecer que tenho vergonha de ouvir que tô magra. Mas eu não emagreci com nenhuma dieta doida, eu mudei. Inacreditável!!!
Resolvi contar meu segredo porque outras pessoas devem estar passando pelo que eu passei...
Gente!!! Eu faço terapia há 9 anos, já passei por fases muito difíceis, horríveis mesmo... Eu não comia por falta de vergonha na cara, falta de força de vontade, por gulodice, eu comi porque sou uma pessoa tremendamente ansiosa. Fazer tratamento para ansiedade, além de me trazer um pouco mais de paz de espírito (conquistada dia a dia), me libertou de 16kg, calma e tranquilamente. Hoje uso calças 38 ou 40, peso entre 56kg e 58kg e me sinto muito bem comigo. Mas já parei de acreditar que estar mais gorda ou mais magra é o que vai determinar a minha vida.
Essa semana tive a prova de que o que estou dizendo não é bobagem. Tive uma crise séria de ansiedade, uma que nunca tinha tido... Eu estava diminuindo minhas medicações (com acompanhamento médico, é claro), presenciei uma briga horrível e fiquei totalmente paralisada, meus músculos endureceram, foi muito "casca". Passada a crise, tomei relaxante muscular, ansiolítico (que eu nem tinha mais na bolsa, como era normal tempos atrás) e dormi um dia inteirinho. No outro dia, comi meio ovo de páscoa, 4 mini Snikers, alfajor e muita Coca-cola (esse vício eu não perdi). Na quinta-feira fui ao meu terapêuta, arrumei a "casa" de novo e tô aqui, degustando um alfajor, sem ter abusado da comida hoje e sem ter medo de todo o chocolate que povoa a minha casa nessa fase pós-Páscoa... Recaídas são normais, o importante é ter saúde física e mental, independente do número da calça ou da balança... O nosso cérebro nos engana e tira o foco de nossos reais problemas e de suas soluções...

Eu disse pra minha amiga-irmã: "Tu não tá gorda porque é deprimida, nem é deprimida porque tá gorda. Tu tá gorda e deprimida porque é ansiosa!!!"

Eu sinto a dor dela, porque eu já tive essa dor... Tem que focar na raíz do problema... Gorda ou magra, ela é uma amigona, o marido dela parece um babão por ela, ela é uma mãezona e uma mulher tri batalhadora. Cheia de defeitos, sim!! Como todos nós!!! Sem esquecer, gordinha ou não, ela sempre foi e éuma mulher linda!!!

Espero ter ajudado alguém!!!!

Fantoche Por Daniela Schaefer· segunda, 23 de maio de 2011

Eu tenho muito a dizer, mas nem sempre força pra falar... As idéias me consomem, mas o corpo não tem ajudado... :) Cabeça que pensa demais, algumas vezes paralisa o corpo... Mas prefiro ser um ser pensante do que um mero fantoche, que se movimenta pela vontade e esforço de outros...

Algumas vezes Dani, outras Ela... Sempre Daniela

Olá amigos!!!!

Resolvi fazer um blog, porque estou sempre divagando sobre vários assuntos que me inquietam, aqui e ali... Então pensei: por que não uni-los em um único lugar, onde quem tenha interesse possa ler e, quem sabe, contribuir.
Vou começar contando a história da escolha deste nome... Muitas pessoas sabem, outras nem imaginam, que faço tratamento para Transtorno Bipolar e de ansiedade. O Transtorno Bipolar é uma doença crônica, que tem uma raiz genética, mas se manifesta, geralmente, a partir da interferência do meio em que a pessoa vive. Quem quiser saber mais, pode clicar no link abaixo: 
http://www.youtube.com/watch?v=x2t_oiFrlYo&feature=relate, além de procurar outras fontes no google.  Eu também indico os livros: Temperamento Forte e Bipolaridade, do Dr. Diogo Lara, da PUCRS. Abaixo o link de uma resenha:
e o livro: Uma Mente Inquieta, de Kay Redfield Jamison, que apresenta seu testemunho pessoal. Abaixo o link de uma resenha:
Bem, o fato é que há momentos em que eu estou superalegre e outros em que estou muito triste, mas também tenho muitos momentos que eu chamaria de "estáveis" ou "normais" (se é que existe parâmetro certo de normalidade). 
Na hora do primeiro diagnóstico metade de mim quis morrer, mas a outra metade ficou aliviada. Eu pensava "Que merda! Vou ter que tomar esses remédios fortes pro resto da vida? Eu sou doente da cabeça, da cabeça!!! Podia ser de outra parte, mas da cabeça?! Vou ter que tomar remédio de epilético e tarja preta? Não!!! Eu não acredito!!!"... Por outro lado, outra parte de mim, pensava aliviada "Ah! então era por isso que eu chorava sem motivo? Tem remédio!!! Não preciso mais inventar briga pra chorar ou mostrar que tô irritada? Eu vou tomar remédio e vou me livrar deste aperto no peito, desta angústia, desta tristeza sem fim? Eu não vou mais ter medo de crescer, casar, ter filhos?" Imaginem só, tudo isso passando na cabeça de uma pessoa em poucos segundos, enquanto uma médica fica falando, falando, falando... Depois de 5 diagnósticos, fui "resgatada" pelo Dr. Enio, meu primeiro psiquiatra (ele manda eu dizer Terapeuta, que querido!!!), e já estamos juntos, nesta batalha, há 9 anos.
Acredito que, depois de todo este blábláblá, eu nem precisava explicar o nome do blog, mas o meu lado professora exige, e eu explico: tenho momentos DANI e tenho momentos ELA, mas já aceitei que tudo isso faz parte de mim, eu sou um pacote completo, a DANIELA. Neste pacote estão incluídas qualidades, defeitos, idéias, preocupações, indignações... Tudo que eu pretendo que este blog vá conter...
Espero dar contar, sem desanimar...
Bjos!!!

"Eu tenho o maior medo desse negócio de ser normal"
(John Lennon)